Todos
temos as nossas fases. Umas boas, umas menos boas. Mas existem umas
fases que nem nós sabemos em que fase é que estamos. No caso do Brasil
(e do mundo em geral) acho que é o sentimento que paira no ar.
Ontem
foi dia de greve geral no Brasil. Aqui ninguém sabe muito bem o que se
está a passar. Vive-se um cenário de pós crise 2016 e pré crise 2017/18.
Uma espécie de recuperação decrescente. Os especialistas diziam que a
partir do segundo semestre de 2017, aquele sustinho que os brasileiros
apanharam entre 2014 e 2016, ia passar. O país ia voltar aos seus anos
de glória. Para quem vê de fora, já meio que se previa que esse milagre
de crescimento estava mais para milagre mesmo. Mas... esperança e fé é o
que não falta por aqui!
Mas
mesmo com as mexidas nas taxas de juros e tentativa de distribuição de
dinheiros através dos fundos de garantia (reservas de contribuições dos
trabalhadores "aprisionadas" nos bancos), a coisa parece que está
difícil.
A
verdade, é que, numa hora em que parecia que a coisa ia arrancar, chegou
um episódio inesperado (ou não) da novela - o chamado Capítulo 3 - A lista
de Fachin. Depois dos dois capítulos anteriores (Cap. 1 - Mensalão e
Cap. 2 Lava-Jato) este novo episódio prevê-se "destruidor". A trilogia
está lançada.
A
palavra "delator" virou moda. Para os menos ligados ao português de cá, os
delatores são os "bufos" envolvidos nos esquemas de corrupção que
resolveram contar todos os esquemas e podres entre empresas e órgãos
públicos, colaborando com a justiça em troca de reduções de penas.
Juízes, procuradores, ministros, governadores, mulheres de ministros, são as principais vilões deste grande episódio de novela que se passa no ano 2017 em terras brasileiras. Os bufos são os "pobres" dos diretores das empresas que pagavam altas somas de dinheiro para puderem fazer as obras públicas, para enfiarem algum (muito) no bolso. A coisa é tão grave que até alterações de legislação tributária chegaram a ser negociadas. Enfim. Uma novela sem bonzinhos.
Juízes, procuradores, ministros, governadores, mulheres de ministros, são as principais vilões deste grande episódio de novela que se passa no ano 2017 em terras brasileiras. Os bufos são os "pobres" dos diretores das empresas que pagavam altas somas de dinheiro para puderem fazer as obras públicas, para enfiarem algum (muito) no bolso. A coisa é tão grave que até alterações de legislação tributária chegaram a ser negociadas. Enfim. Uma novela sem bonzinhos.
O
episódio resume-se nesta série de vídeos em que estes
"santos" delatores contam as histórias das empresas (essencialmente da
última década). Dane-se o segredo de justiça! Está tudo no YouTube. O Brasil quer saber e
deixar tudo em pratos limpos! Por isso os vídeos das perguntas dos
procuradores circulam por todo o lado. Mesmo sem se apurar o que é
verdade ou mentira nestes "tutoriais", até memes de redes sociais
viraram.
E é assim que se gera mais incerteza. Alimenta-se a vontade da greve.
Seria um bom motivo, fazer uma limpa geral e quem sabe um impeachment
3, já que aparentemente não há ninguém em órgãos públicos "sem rabo
preso". Mas não. A greve veio por causa de uma reforma da CLT (trocando por miúdos, lei trabalhista). Algumas coisas boas, e algumas coisas más. Mas que a reforma é precisa, ela é. Cria-se uma crise em que ninguém
sabe muito bem as razões. Aproveita o fim de semana
prolongado para fazer greve e falar mais um bocadinho mal do país... (sempre me pergunto: porque será que as greves são às sextas?!).
Dos
states já nem se fala... tamanha a confusão que vai por lá. Todos os
dias um novo Tweet com novas mensagens entre o Trump e o seu "best
friend coreano. A diferença entre ricos e pobres aumenta e sabe-se lá o
que será destes "testes" militares que estão a acontecer aí pelo mundo.
Lá
do outro lado do Atlântico as coisas também não andam lá muito famosas.
A França então... está a atravessar uma era em que só apetece usar
aquele hashtag: #quefase! Até já compararam as eleições presidenciais a
um BigBrother, devido ao número de candidatos e histórias que os
envolvem (cada um diferente do outro). Deste
lado do mundo só resta rezar, para que o bom senso e liberalismo tão
característico dos franceses volte ao que era, e de uma vez por todas
trave esta era que lá se chama de "la trumpisation".
A dívida continua no ar... mas afinal mundo: QUE FASE É ESTA?
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