sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Post #69 - o tal do 2016




Já aqui escrevi sobre 2016 no post 67 mas agora é preciso finalizar. O histórico de 2016 foi agitado. Quantas linhas não se vão escrever sobre os momentos de tensão que se foram vivendo... terrorismo para cá, crise política para lá, etc.

As palavras mais buscadas no dicionário português passam por "impeachment", "marqueteiro", "geringonça" "paralímpico" e por aí fora (podem ver aqui que o artigo é bem interessante).

Com relação ao  MEU 2016... ai... "ai" é a onomatopeia que sai naturalmente. 
Foi um ano agitado. Foi um ano instável. Para o bom e para o mau. Passei por 3 entidades empregadoras, dias complexos de tensão devido às movimentações nos shoppings. Despedidas a toda a hora. Saí da empresa que me "amadrinhou" no Brasil e tive que ir atrás de outras coisas por questão de sobrevivência. Cresci. Iniciei uma empreitada importante com o MBA. Tantas horas despendidas, contas para pagar, mas quanta recompensa desde a primeira aula.
Fiz uma passagem pela China em 48horas, que, embora eu não acredite muito em destino, tenho que concordar que no fundo foi o timing perfeito para a visita.  Terei obrigatoriamente que repetir!
Passei por um dos meses mais interessantes e excitantes que a minha vida já teve, ao participar de uns jogos Olímpicos num país que já considero meu. Tive um dos momentos mais felizes da minha vida quando vi o meu irmão casar com a mulher que ele diz ser a mulher da vida dele e também quando pude igualmente testemunhar a minha melhor amiga a dar o nó e realizar um dos sonhos da vida dela. Perdi a avó, que embora fosse uma das mulheres mais rezingonas que já conheci, foi também uma das mais fortes pessoas que já vi. Lutadora, realizadora, viajada, esperta... (melhor só a minha mãe!) E infelizmente não consegui estar lá para realizar o último desejo dela, que era eu lhe pintar as unhas no dia em que ela tivesse que ir enfrentar um novo mundo. Mas não por isso menos sentida a sua partida. Tentando compensar veio um momento importante foi a family trip às cidades históricas de Minas! Excelente como sempre e cheia de descobertas, estar em família é sempre uma alegria! 

A seleção Portuguesa de futebol deu-me uma grande alegria. Não foi um 10 de Junho, mas foi um 10 de Julho muito animado e já posso dizer que vivi para ver "Portugal ser Campeão da Europa"! Muitos Europeus não poderão ter a mesma sorte mesmo vivendo uma vida longa! Uma outra alegria que Portugal me trouxe foi ver um Português chegar à secretário geral das Nações Unidas. E que grande orgulho que é, ver um rosto conhecido numa cadeira tão difícil de gerir, principalmente nesta época?!
Do dia a dia do Brasil a coisa está mais negra. 2016 trouxe focos de crises a todos os níveis: nacional, estadual e municipal. Incertezas e insegurança. Zika. Impeachment. Uma malha de detenções que parece que não acabam nunca. Mesmo assim o Brasil conseguiu realizar uma festa bonita de ver que foi esse Rio2016!
Do restante mundo, digo que perdeu bastantes rostos conhecidos... Cohen, Prince, Michael, Bowie... Mas ganhámos um Bob Dylan prémio Nobel e uma Madre Teresa Canonizada. Ganhámos também um Trump (seja isso o que Deus quiser!) Iniciámos uma fase complicado na Europa (com Brexists, terrorismos e afins) e que, por muito que doa dizer, pode ser que venha a acabar com uma União Europeia na qual acreditei e acredito muito como um pilar fundamental da Europa.

Enfim, foi um ano completo. Fui das lágrimas às gargalhadas em curtos espaços. A tal da instabilidade... Mas cresci, como todos somos obrigados com o passar do tempo, uns anos mais que outros (parece que para mim este foi um ano dos "mais").

Uma outra coisa boa que 2016 me trouxe foi a possibilidade de conhecer uma série de gente. Lembrei-me estes dias (com pouco que fazer!) de listar todas as pessoas que conheci dentro do ano de 2016 e de quem eu consegui lembrar-me. Uma ou outra por recordações ruins e algumas (bastantes até!) por recordações boas. Cheguei à conclusão que foi um ano bem rico em conhecimentos! Se não vejam:

  • No início do ano vieram tempos agitados com ventos de mudança com as migrações dos shoppings e seus novos "colaboradores": Ricardo, Jaqueline, Sérgio, Jr., Rodrigo, Joaquim, e um monte de gente que nem lembro mais o nome e que talvez haja uma razão para isso.
  • Logo veio o passo mais importante que dei em relação à minha carreira dentro do ano. Voltar a estudar. O MBA trouxe autoestima, amizades, interesse por diversas áreas: vieram a Vanessa, Adriana, Michel, Ana, Francisco, Vinicius, Sandro, Luizão, Ivan 1, Ivan 2, Karen, Michele, Tiago, Felipe, Nil, Vanessa2, João, Alexandre, Vanderlei, João2, Debora, Gian, Marostica, Carla, Arnaldo, Miguel, Luis, Marcos, etc. e as meninas de negócios internacionais Bia, Pat, Tatiana, Rodolfo.
  • No meio do ano veio a olimpíada... e que experiência que foi. Temo dizer a que me trouxe mais alegrias do ano. Com tantos sentimentos bons, orgulho, paixão pelo desporto, conexões etc. Trouxe um monte de gente para levar no coração: Luis, Si, Alex, Sr. Pedro, João, Judite, Jessica, Gessica, Henrique, Iza, Leonardo, Pablo, Naiara, Sonia, Stephania, Pedro, Patrícia , Yasmin, Luzinete, Paully, Juguslavo da fila do registo do Rio2016 (impossível lembrar o nome), o Gustavo e a Fer (anfitriões top), e muitas caras que lembro mas cujos nomes já se foram.
  • O segundo semestre teve trabalho novo. Com ele muitas novas caras.Desta experiência levo maturidade (e quanta!) respeito por mim mesma e meu trabalho e tomada de decisão. Cristiano, Natalia, Ney, Fernando, Carlos, Pedro, Douglas, Cristiane, Peterson, Tiago, Patrícia, Su, Manuzinha, Michelle, Gabi1, Gaby2, Gabi3, Ana, Cesar, Leticia, Thiago, Felipe, Ricardo, Valeria, (um monte de lojistas uns bonzinhos outros mais folgados), Maicon, Dinalva, Marivaldo, Fernando, Edson e por aí vai...
De outras empreitadas, veio a minha mãe adotiva Brasileira, a quem devo o meu equilíbrio do segundo semestre. Parceiraça de jantas e uma ótima ouvinte, a D. Cirene foi muito mais do que eu podia imaginar. O novo parceiro de casa Rodrigo!, a quem prometo maior convívio para 2017 (porque este ano mal deu tempo para dizermos Bom dia e Boa noite =D, e os restantes Manauaras (o primo Marcelo e amigo Lucas), a filha amorosa da Ju - a Luíza, e os poucos amigos de Campinas o Luís o Guilherme e Edmea, família querida que agradeço ter conhecido! 
 
Para além destes novos conhecimentos (contei mais de 100!) 2016 veio também com a aproximação de muitos amigos queridos. Gente de outros anos que ficou extremamente importante e marcou de vez as minhas rugas. Todos temos também a perda de outros. A vida é assim mesmo. Perdemos pessoas amadas. Afastámo-nos de quem foi embora ou daqueles com quem pensávamos ter afinidade mas se calhar nem tanta...  talvez só por este ano ou talvez por mais tempo, até porque o "para sempre" é muito tempo!

E em alguns (muitos!) parágrafos ficam as experiências e sensações que 2016 me trouxe. Se 2017 for tão rico em experiências quanto o ano de 2016 for já dou por bom. Se puder pedir algo... bom... que seja menos agitado! Mas quem diz que podemos pedir alguma coisa à vida não é?

Próximo ano, fechemos as portas do passado e bora abrir novas.

Novas histórias estarão aí para contarmos!



#VENHA2017
 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Post #68 - start up - a categoria dos arrojados

Ontem foi um dia especial! O meu pai fez 60 anos!

Como estou emigrada não consegui participar da festa, mas passei o tempo todo a matutar no que se estava a passar do lado de lá. 

As escolhas que fazemos na vida às vezes têm destas coisas... acabamos por perder alguns dias específicos, mas que, no fundo, são só dias em que festejamos os outros dias que os anos nos trouxeram. Com todas as coisas boas atreladas.

Sentimentalismos à parte, para completar ainda mais os meus dias por este lado do atlântico, resolvi fazer um curso de gestão de empresas que, até agora, me trouxe muitos ensinamentos e que me fez conhecer bastantes pessoas interessantes. Tudo gente com uma garra fenomenal.

O curso é longo (coisa para terminar em 2018) mas o objetivo também é ambicioso... montar uma empresa! 

Ontem a aula foi de Marketing. E que aula! Talvez por causa do dia especial, ou talvez por causa do gosto pela área, foi uma aula que colocou as roldanas do cérebro a funcionar (como diria a minha querida professora de matemática do liceu).

Temos que criar algo para podermos passar na disciplina. Assim, entre mim e mais 10 pessoas que compõe o meu grupo de trabalho, surgiu a ideia da start up #GaragemJá. Com a ideia veio a obrigação de um trabalho que já estimulou mais as pessoas da classe do que qualquer outro trabalho que fizemos desde o início do curso. Pode ser uma salvação para muitos! Em breve darei notícias dessa startup, até porque conto com os likes de cada um para salvar o meu "couro" na aula de Marketing, e também porque acho que a ideia é boa e tem pés para caminhar.

Mas, voltando ao motivo que me trouxe ao teclado, o que fomentou a minha criatividade foi a ideia de termos algo nosso, coisa nossa, fruto da vontade própria e com a capacidade de trilhar um objetivo justo e factível e acima de tudo de escolher as pessoas que não só trabalham, mas que "estão" juntas trouxe um certo júbilo ao meu dia. Mesmo com a hipótese de não dar certo.

A conclusão a que cheguei nos meus (curtíssimos!) 30 anos de vida, é que existem 3 tipos de pessoas: 
  • as que resolvem rasgar com o tradicional - a categoria dos arrojados!
  • as que vivem reclamando do quão a vida podia ser melhor, 
  • e as que simplesmente aceitam que nada nunca mudará e vivem assim... felizes ao jeito delas. Talvez mais formatados para o dia a dia, o ganha pão rotineiro e vida tranquila.
E se pensarem em todas as pessoas que conhecem, tenho certeza que conseguem enfiá-las em alguma destas categorias! Sem medo de errar!
Sem crítica alguma para qualquer das categorias. Opções de vida. Elas co-existem e têm que co-existir em prol da sociedade e das nossas necessidades do dia a dia. Só aprender a viver com o tipo de pessoa que somos e ser feliz ao nosso jeito. E, claro, aprender a lidar com quem é diferente de nós.

No meu caso... bem, eu quero estar na categoria dos arrojados. Mas isso dá muito trabalho e algumas perdas pelo caminho... momentos, amigos (talvez não tão amigos, porque os verdadeiros estão lá), relacionamentos, dinheiro... etc. e tal.

E a dificuldade desta categoria é que ela é cada vez mais difícil a cada ano que passa. Vamos perdendo um pouco da loucura da juventude, não que sejamos velhos, mas sentimos que já não precisamos de fazer coisas que não queremos para tentar agradar ou para que gostem de nós. É o nosso jeito e pronto... Apesar de, com os anos aumentar o nosso "coeficiente de cagaço" (passo a expressão, palavras do professor de marketing), ser arrojado é uma decisão para a vida. Não é como antigamente que se era arrojado, montava-se um negócio que dava certo e era-se feliz para o resto da vida. Na-na-ni-na-nã... agora a música é outra. Uma vez arrojado, tem que se ser arrojado para sempre. É preciso reinventar-se a toda a hora, cada vem em menos tempo. O que hoje é um sucesso, amanhã é engolido pela concorrência feroz. Por isso talvez a dificuldade de fazer parte da categoria dos arrojados.

Mas é isso que levamos para a vida e o que temos para celebrar quando chega a festa dos 60, não é verdade?  A "ciência" de nos reinventarmos a cada ano que passa e de empurrarmos esse chamado coeficiente de cagaço para longe.

E no final das contas, ontem eu estava a festejar também deste lado do atlântico os 30 anos em que pude acompanhar a metade da vida que o meu pai já viveu. E as quantas vezes que tanto ele quanto a minha mãe se foram reinventando... sempre na categoria dos arrojados.

Notícias frescas em breve sobre a start-up!.

*Mari

#empreendedorismo #garagemja #garagemjá #coeficientedecagaço #arrojados




sábado, 24 de setembro de 2016

Post#67 - Um bocadinho da minha história ->2016

Ainda não chegou o fim do ano, mas já tenho um balanço a fazer.
Novidades? Elas são bastantes...

Começando pelo princípio.

Depois da venda do shopping onde eu trabalhava, acabei por me desligar do lugar que chamei de casa por 3 anos: o Boavista Shopping. Ótimas recordações que levo de um lugar que me fez crescer muito. Tanto profissional quanto pessoalmente. Aprendi o que é ser líder e descobri o que realmente é essa caixinha a que chamamos Centro Comercial. Com todas as coisas boas e más a que tem direito. Bati muito com a cabeça. Tomar conta de um shopping é como gerir uma cidade em ponto pequeno. Para os mais tecnológicos, é como jogar SIM CITY sem poder desligar a XBOX. Onde tudo acontece em tempo real, noite ou dia. Não é para fracos. Obriga-nos a estar atenta a cada pormenor. Obriga-nos a saber ouvir os mais sábios, mesmo aqueles que estão abaixo de nós na hierarquia. Obriga-nos a olhar para os "cidadãos" de uma maneira diferente. A mim, ensinou-me um senso de justiça mais amplo, onde cada atitude que tomamos como gestores de um empreendimento pode ter um impacto gigantesco no dia a dia e na vida de cada um que por lá ganha a vida. Mesmo quando é só uma assinatura, é uma responsabilidade que exige habilidade. Também aprendi que mesmo quando nos dedicamos a 100% a alguma coisa, existe um risco associado. Posso dizer que hoje sou uma pessoa mais completa por causa destes 3 anos. Também estou mais forte como pessoa. Conheci muita gente. Fiz grandes amigos. Surpreendi-me com muitas pessoas, tanto positiva quanto negativamente. Amei e fui amada. E tem algo melhor para levarmos no coração do que isso?

Mas a vida teima a ensinar-nos que as coisas boas são de curta duração se ficamos estagnados e que logo aparecem novos desafios para nos lembrarmos que parar é morrer.
 
Depois de alguns meses de instabilidade devido à venda do shopping, acabei por me desligar e partir à procura de outros desafios. O primeiro deles foi o MBA. Desde que cheguei ao Brasil que andava de olho num curso que me pareceu suprir a minha vontade de aprender, aliando o conhecimento teórico ao prático. Resolvi mergulhar de cabeça num mega desafio de fazer um MBA em gestão de empresas, porque tinha vontade de conhecer todas as áreas de uma empresa e não só a parte "operacional" que é o meu ganha pão. Tem sido outra experiência maravilhosa e muito desafiante. O mercado brasileiro é muito diferente do que eu trazia na cabeça como senso comum dos ensinamentos europeus. Tenho me impressionado com a qualidade do ensino brasileiro. Também com a curiosidade e o nível académico dos estudantes. Não tinha vivido ainda esta experiência no Brasil e isso está a dar-me muito trabalho mas a trazer boas trocas de experiências. É coisa para acabar em 2018, por isso até lá ainda terei concerteza muita história para contar.

Depois veio Agosto e com ele os Jogos Olímpicos. Tema ao qual eu já dediquei um post, mas apenas no início da experiência. Agora que já passou posso falar com mais propriedade. O saldo da olimpíada é positivíssimo. Ver tantas coisas boas realizadas, tantas atitudes positivas num tão curto espaço de tempo é coisa para levar para sempre no coração. Denovo conheci muita gente. Gente de todas as partes do mundo e senti-me pequenina no meio de uma coisa tão grande. Não vou mentir que me senti um pouco sozinha no início. Às vezes pensava "o que raio estou eu a fazer? uma portuguesa sozinha aqui no meio desta estrangeirada toda!?" Mas fui conhecendo uma e outra história de voluntários, atletas, artistas e no fim senti que mesmo assim, podia fazer alguma coisa para deixar o mundo (e também o Brasil que tão bem me acolheu) um pouco melhor. Os meus amigos brasileiros sentiram orgulho de mim. E que sensação indescritível é a de ouvir da boca de um brasileiro que tem orgulho que eu (uma simples estrangeira) faça parte de algo assim! Senti que a minha dívida de gratidão com este país começava a ser saldada. E foi tão fácil de pagar! Abaixo alguns momentos da amizade e alegria que os voluntários me proporcionaram:








Para melhorar, ainda consegui estender as férias mais uma semana e passear pelas cidades históricas do Brasil na melhor companhia! Os progenitores! Daqui também muitas histórias boas, mas que vou deixar para que as fotos contem, pois já me estendi bastante!


Uma exposição espetacular sobre a vida dos Beatles em São Paulo 

Iniciando as cidades históricas... abaixo mostrando os dentes em Tiradentes:


 
 Biri Biri - um parque natural que vale a pena


Os dois cotas no meio dos "aleijadinhos" 
(para os menos seguidores de arte sacra, aleijadinho foi um escultor que esculpiu imagens essencialmente desta natureza... e era aleijado, claro está)

E o que dizer desta foto que eu adoro? É bem a cara de Ouro Preto. 
Muito amor <3



Quanto à minha cidade homónima... é cheia de história e com lugares lindos para conhecer!


Eu a descansar num porta tipicamente Mariana


Aqui em baixo, uma tentativa de foto engraçada: eu à procura do Nirvana, entre a igreja do Carmo e a de São Francisco!


Enfim, continuo por aqui em busca de histórias e coisas boas para deixar registadas.

Prometo notícias em breve.

domingo, 7 de agosto de 2016

Post #66 - Jogos Olímpicos parte II

Aqui vão mais umas informações dos jogos para não ficarem desatualizados.

Esta última semana passou a correr. Nem sei como aconteceu tanta coisa em tão pouco tempo. Conseguimos montar uma equipa no Centro de Credenciamento e ao mesmo tempo que íamos treinando, conseguimos operar o credenciamento de milhares de pessoas que foram passando pelo complexo do Maracanã para poderem entrar em cada uma das suas áreas sem influenciar as outras. Foram horas de muitos quilómetros andados, conhecer muitas pessoas e tentar ajudar as centenas de pessoas que iam passando, e que, porque viam o uniforme, vinham perguntar mil e uma coisas sobre tudo o que se passava nos Jogos Olímpicos do Rio 2016

Trabalhar nesta área está a permitir entender o funcionamento de um grande evento. Muitas arestas para limar, mas vê-se que, além de existir uma grande boa vontade de todo o staff e voluntários, existem cabeças pensantes por trás do "negócio" e muita experiência acumulada de centenas de pessoas em outros eventos da mesma natureza que levam ao grande sucesso que estão a ser (e que tenho a certeza que vão ser até ao final) estes primeiros Jogos Olímpicos na América do Sul.

Vou deixar algumas fotos da primeira semana, para entenderem um pouco da sensação boa que é fazer parte de tudo isto:



Eu no meu primeiro dia de trabalho voluntário, por esta grande nação que me adotou



 A equipa e o Robson Caetano, um atleta Brasileiro que ganhou duas medalhas olímpicas (em Seul e Atlanta)





A Casa de Portugal no Rio de Janeiro por 20 dias. Navio Escola Sagres.







Fotos do que foi o ensaio da grande cerimónia de abertura dos Jogos. Fizemos parte dos figurantes como "atletas brasileiros"!




 Eu o Ziraldo. Para os que não conhecem (como era o meu caso) um escritor Brasileiro de literatura infantil


 E quem não conhece este? O grande humorista do momento no Brasil (Fabio Porchat) também passou lá no credenciamento.

Entre muitos outros famosos com quem tive oportunidade de trocar algumas palavras.



 E aqui euzinha na Cerimónia de Abertura verdadeira! Coisa inédita e talvez única na vida! Cerimónia muito emocionante, mesmo para uma "gringa" como eu. Juro que me arrepiei!




 Ainda deu tempo de tirar uma foto com o grande Cafu! (não vale reparar na cara de cansada! Neste dia andei 20 km dentro do Maracanã!)




 Aqui, no dia de folga, consegui ir assistir a alguns jogos na arena do Vôlei de praia de Copacabana. Que prestígio poder participar de jogos de Vôlei de uns Olímpicos numa praia destas!





 Mais uma foto das Polacas a jogar com as Americanas!




 Eu e a Vânia, minha conterrânea e amiga dos eventos mais famosos do Brasil ehehe em Copacabana!

Enfim, uma semana em grande. Muita agitação e muita nova informação para digerir e levar na bagagem.

Prometo mais novidades em breve!

terça-feira, 26 de julho de 2016

Post #65 - Jogos Olímpicos - dia 1

Mais uma história que estou a deixar registada aqui neste blog. Desta vez, vou ser voluntária nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Como tenho a impressão que vai ser uma boa experiência, que quero levar para a vida, e, quem sabe, poder contar ao netos, vou tentar deixar um bocadinho dela por aqui. 

Hoje foi o primeiro dia de Rio efetivamente falando. Já estive por cá para fazer formação e para receber o uniforme. Mas hoje é que tive oportunidade de me instalar. Vou ficar alojada num quartinho em casa do Gustavo e da Fernanda, que são os meus "Hosts" aqui no Rio. Como voluntários temos apenas direito a refeições e uniformes e tudo o resto é por nossa conta. Por isso temos que ser económicos. 
O primeiro dia foi ótimo. A Fernanda já morou em Portugal, por 2 anos. E o Gustavo tem vontade de morar.  São um casal ótimo e sem nenhuma "frescura" como se diz por aqui. E como é bom convivermos com pessoas que gostam de Portugal! Enfim, ainda conseguimos ver uns vídeos do Gato Fedorentone ouvir um Antonio Zambujo! E descobri que são fãs de cerveja!

Bem algumas fotos do dia 1 que dão para ilustrar o dia. 

Durante este próximo mês prometo tentar mostrar um pouco do que se vive pelo Rio de Janeiro em época de Jogos. 

O meu uniforme, bem canarinho!

Rio de Janeiro! Museu do Amanhã e Pão de Açúcar visíveis 


Eu e os hosts! Super boa companhia como se pode verificar!

O meu cantinho nos próximos 23 dias!

Prometo novidades dos próximos dias. 





segunda-feira, 11 de julho de 2016

Post #64 - 10 de Jul(n?)ho - o orgulho de ser Tuga

O dia de hoje foi um dia especial. Para os portugueses e para os simpatizantes dos portugueses. Muito mais do que 11 milhões.

Confesso que nunca pensei estar viva para ver a seleção Portuguesa prosperar numa competição de grande porte como a Euro Copa (como se diz por aqui). Sempre tinha alguma coisa que não funcionava. Ou é a sorte, ou é a crise, ou porque somos um povo desanimado, ou porque o Ronaldo não estava bem das pernas... Enfim, uma série de fatores que sempre nos deixam de fora. E toma de levar com as críticas, principalmente quando estamos num país diferente do nosso. Logo num país que já foi colónia Portuguesa e que já sofreu tudo o que as colónias sofrem com os países colonizadores... 
Mas hoje foi diferente. Foi um 10 de Julho com sabor a 10 de Junho. Uma comemoração do dia de Portugal. Foi o dia em que finalmente começou a brotar um bocadinho de auto-estima nos portugueses e um respeito dos estrangeiros

Qual o português que não pensou depois do jogo: "afinal, às vezes a vida dá certo"? Qual o português que não vai acordar neste dia seguinte e pensar: cara!&@ somos campeões da Europa!(com o palavrão e tudo!)? 
E pensando bem, sejamos honestos: é apenas um acontecimento em que nenhum português (sem contar com a seleção) teve participação direta no sucesso, a não ser com os milhares de Pai Nossos que se devem ter rezado por aí! Sim, porque no final das contas comparando agora com o Euro2004, qual a diferença da nossa participação como cidadãos?! Nenhuma. Fator sorte, fator fé, fator destino... Quem saberá dizer ao certo?
O certo mesmo é que somos campeões da Europa. E que no final das contas, e como já dizia o conterrâneo Fernando Pessoa (e que a minha avó tanto citava): "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". E a alma da seleção tornou-se grande mesmo. Jogaram com toda a garra possível, mesmo quando o elemento chave foi "posto fora". Não desistiram. Defenderam todas as bolas dos franceses e não se atiraram às pernas do adversário, mesmo sendo ele superior fisicamente na maior parte do tempo. Não fizeram bonito, mas foram inteligentes no jogo. Levaram às lágrimas o sofrimento: como bons portugueses que somos, sempre temos o sofrimento no coração. E pronto, trouxeram a vitória para casa. Assim. Fácil.

De CR7... apenas digo que é uma personagem que já tem nome gravado na História Portuguesa. Deu uma lição a quem tem dúvidas sobre as suas capacidades. Tornou-se um líder nato e tenho certeza que será treinador um dia. É uma personagem que cresceu comigo por sermos da mesma idade. Foi ganhando respeito ao longo do tempo. E que evolução extraordinária?! Conseguiu o respeito dos colegas e até fora do relvado conseguiu puxar a equipa para cima. (Repararam que os jogadores começaram a jogar melhor quando ele regressou do balneário e se sentou no banco?). Merece no mínimo o respeito dos que escrevem sobre ele. O bicho é fera!

Uma lição que acho que devemos tirar desta vitória: é aos poucos que a vida vai dando certo. Trabalho duro, positivismo e muita paciência são elementos essenciais. Enchamo-nos de alegria e que esta vitória e este positivismo se transformem em produtividade. Se transformem em força para Portugal e exemplo para o mundo que não anda lá essas coisas, tendo em conta os últimos acontecimentos vergonhosos que a humanidade tem vivido. Pela passividade dos nossos adeptos, pela garra dos jogadores e pelas lágrimas sinceras dos nossos adeptos. 

Muito orgulho de ser "Tuga".





Os memes não podiam faltar:






sábado, 9 de julho de 2016

Post #63 - Finding Dory

Ontem foi dia de ir ao Cinema. Já há muito tempo que não ia e resolvi arriscar num filme menos óbvio. Fui "à procura" da Dory.

Fiquei muito contente com a minha escolha e resolvi partilhar. É um filme realmente com uma metáfora poderosa sobre as dificuldades de pessoas com necessidades especiais.

Trabalha em cima do problema da personagem principal - a Dory - que sofre de perda de memória, mas ao longo do filme vão sutilmente aparecendo outras personagens com outros problemas também. Define algumas estratégias de contornar o problema e ainda tem uma história de reencontro de família bem gira.

Finalmente a Disney criou um filme sem alta tecnologia, sem robôs ou ciborgues de última geração. É um filme simples e, apesar de explorar um problema grande, não é um filme pesado e qualquer criança pode e deve assistir. E, é um dos únicos de animação que não tem vilões! 

As críticas nos estados unidos não foram as melhores... acho que talvez a sociedade esteja sempre à espera de filmes de grandes proporções, aqueles mais comerciais. Este é um filme simples, que arranca uma risada aqui e ali e com uma banda sonora muito boa.

Os ambientalistas também andam desesperados porque pode ser que ocorra o que aconteceu no passado com a compra dos peixinhos palhaço quando saiu o filme Finding Nemo. Parece que a espécie da Dory está em vias de extinção, por isso vamos lá ver o filme mas deixemos os peixinhos no mar em paz.
 
Não vou contar mais =D
Fica a dica e o trailer. Recomendo muito.