sábado, 29 de agosto de 2015

Post #51 - Asilo ou deportação?

Que ou quem emigra ou sai da sua região ou do seu país para se estabelecer noutro

"emigrante", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/emigrante [consultado em 29-08-2015].
Que ou quem emigra ou sai da sua região ou do seu país para se estabelecer noutro

"emigrante", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/emigrante [consultado em 29-08-2015].


 e·mi·gran·te
(latim emigrans, -antis)
adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros
Que ou quem emigra ou sai da sua região ou do seu país para se estabelecer noutro.


e·mi·gran·te
(latim emigrans, -antis)

adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros

Que ou quem emigra ou sai da sua região ou do seu país para se estabelecer noutro.
Confrontar: imigrante.

"emigrante", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/emigrante [consultado em 29-08-2015].
e·mi·gran·te
(latim emigrans, -antis)

adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros

Que ou quem emigra ou sai da sua região ou do seu país para se estabelecer noutro.
Confrontar: imigrante.

"emigrante", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/emigrante [consultado em 29-08-2015].
Que ou quem emigra ou sai da sua região ou do seu país para se estabelecer noutro

"emigrante", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/emigrante [consultado em 29-08-2015].

Um assunto da atualidade é a emigração. Não podia deixar de escrever sobre este assunto, não fosse exatamente "eu" o que chamam de caso de estudo.

A minha condição de emigração é bem superior à destas pessoas que ultimamente têm sido barradas de entrar na Europa, quando não mortas a caminho do destino.
A questão é: será que todos não procuramos pela mesma coisa? Paz e estabilidade. Se eu saí de um país, que embora em crise, é um país civilizado, sem acontecimentos bizarros, imagino o quanto eu não gostaria de sair de um país onde queimassem as mulheres infiéis vivas, onde colocassem os vídeos de pessoas a serem mortas no YouTube, onde sair à rua pode significar ser morto... Eu não ia ficar num lugar assim.

O jornal diz-me que este ano a previsão é de 270.000 entradas na Europa até agora. Já foi ultrapassado o número de entradas do ano de 2014 fechado. A média é de 1 imigrante para cada 1.900 europeus. Considerando que a cidade onde cresci tem 40.000 habitantes realmente é preocupante...

É uma questão muito delicada... Sim a Europa prega-se como uma civilização comprometida no abrigo das pessoas refugiadas, e sim a Europa é um dos locais mais estáveis para se viver no mundo, e sim a Europa tem uma política de imigração bastante condescendente. Mas a Europa é obrigada a receber todos? 

Bom, a Europa precisa de gente nova. A população está envelhecida e a população que trabalha tem vindo a diminuir. Esta onda de entrada pode ser uma reversão para este problema. Mas a Europa é constituída por diversos países em que cada um tem as suas leis. Existe uma política comum, e todos têm que cumprir determinadas regras, mas cada país tem alguma liberdade para estabelecer as suas regras também. Por exemplo à Dinamarca esta política não é aplicável e o Reino Unido e Irlanda estabelecem as regras de imigração europeias que querem implementar ou não. É uma grande confusão. Mas enfim mais detalhes no site da união europeia (aqui).

Os estudos (segundo os jornais) dizem que em geral os imigrantes não são as pessoas que cometem mais crimes. Ao contrário. Quando ajudados "pelo sistema" são pessoas que criam empresas, trabalham e geram riqueza. Compreende-se... saem de um local onde são mal tratados e chegam a um local onde querem prosperar. Eu sou suspeita para falar... Mas a Europa terá trabalho. Há que criar estrutura, escolas para compensar o "gap" de conhecimento, ensinar a língua, centros de recuperação psicológica para crianças e adultos que vêm com traumas de serem refugiados etc., etc. Tem também a dificuldade geográfica, pois a maioria dos imigrantes entram pelos países que neste momento não podem acolher nem os próprios quanto mais os outros (Grécia por exemplo). E ainda a preocupação do terrorismo, que tem andado tão na baila... é preciso um trabalho redobrado na segurança.

Claro que este rolo todo só se aplica a emigrantes não europeus, porque para os Europeus a Europa já trabalhou (e muito bem) nas regras fronteiriças com o Acordo de Schengen. É ótimo podermos viajar de Ryanair para todo o lado sem nos pedirem quase nenhuma informação... Mas se formos não europeus a coisa muda de figura. Vistos, identidades e papeladas mil são pedidas. Já assisti a várias cenas em aeroportos, especialmente quando volto para a Europa de férias, em que comigo viajam outras pessoas que não tiveram a mesma sorte de nascer no "berço de ouro".

Da minha experiência nada tenho a reclamar. Sou emigrante na América do Sul. Nunca fui barrada de entrar, mas sempre apanho a fila dos emigrantes na entrada. De vez em quando perguntam-me uma ou outra coisa, mas nada constrangedor. Pago os meus impostos ao país que me acolheu (nem sempre caem nos bolsos certos, mas enfim isso são outras questões), tento ser uma cidadã com exemplo a dar e uso dos conhecimentos "europeus" para tentar ajudar no que me é possível. Modéstia à parte, eu acredito que sou uma boa contribuição para o país que me acolheu. Acho honestamente que muitas das pessoas que estão a tentar entrar na Europa sentirão o mesmo. Simplesmente não tiveram as oportunidades que precisavam no país que as viu nascer. Talvez como eu... É junto expulsar ou deportá-los, ou limitar as suas entradas?

Maioria de todos já "migrou" pelo menos de cidade, à procura de uma condição melhor, estabilidade, trabalho, enfim... Quais os limites? Quais as regras? Difícil...

Aconselho um filme francês que vi há pouco tempo, chama-se SAMBA (https://www.youtube.com/watch?v=i3mHgMsHvUM). É realmente muito bom e deixou-me a pensar nestes assuntos.

Prometo mais notícias em breve.


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