sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Post #78 - Histórias para levar de 2017

Nunca é fácil escrevermos sobre nós, mas achei que 2017 valia o esforço. Meu último dia do ano no Brasil. Foi um ano atípico. 2017 foi o ano do zero a zero. 

Cada ano que passa me convenço mais que cada um de nós é um colecionador de histórias. Algumas histórias levamos de outras pessoas, quando nos tocam profundamente, mas são raras! São essencialmente as nossas próprias histórias que constroem a nossa verdadeira essência.  

2017 foi um ano de batalhas ao extremo. De ter que provar muita coisa, tanto para mim mesma, como para os outros. Tive que provar a mim mesma que uma vez mais era capaz de superar o desemprego (e que dejavu!). Como se isso não fosse difícil por si só, ainda tive que provar para os outros, que umas pedras no caminho não me iam fazer desistir ou voltar "com o rabinho entre as pernas" como se diz por terras lusas. Fácil? "Facinho" (como se diz por aqui) não foi, mas a gente segura. Mas o que fazer quando a família de lá insiste e nós sentimos que não é o tempo? Dói desde o coração até à alma! 
Isto de provar para nós já é difícil, mas provar para os outros traz um desgaste danado!
Posso dizer que estou exausta!

Em 2017 tive que iniciar o meu percurso profissional quase do zero. A porta se abriu e, nem sei bem porquê, achei que devia entrar por aí... Comecei por baixo com a cabeça erguida. Iniciei atividades num lugar onde, mais uma vez, eu não tinha histórico, era apenas uma estrangeira, mulher, em idade de procriar... a trabalhar em operações! Dureza em países latinos hein?
Foi trabalho de formiguinha. Evolução lenta e dura.

Em 2017 fiz um ano de graduação inteiro e trabalhei ao mesmo tempo. Viajei, a trabalho e a lazer (pouco), e regressei a um shopping o qual já tinha 100% enterrado no meu passado profissional. E que aventura...(essa fica para outros capítulos).

Em 2017 passei por histórias de vida incríveis. Superação de doença. Desgostos que eu mesma acharia insuperáveis. Pessoas que vieram do nada e viraram o tudo.

Pessoas. Não há histórias sem elas. Com o tempo, vamos classificando as pessoas por quem passamos como heróis ou vilões da nossa própria história. Os personagens são como no StarWars, umas vezes achamos que estão no lado bom da força, e às vezes olha... o "dark side"! Muitos desses "Vaders" já topamos à distância e de uma maneira ou de outra vamos tentando nos proteger. Duro é ter que ver o dark side de alguém que temos 100% certeza que achamos do bem. Também teve disso esse ano. Mais do mesmo, porque somos feitos de carne e osso e sempre criamos expectativas. Sabe aquela dor do coração até à alma? Pois é...

2017 foi um ano de investimento pesado. Implementação de rotina. Trabalho, estudo, trabalho, esforço, estudo, contenção, contenção, contenção. Foco. Observação. E muita, mas muita reflexão. Tentativa de olhar para o futuro e com todas as forças esperar que seja mais brando, para não dizer melhor!

Teve coisas boas em 2017. Em 2017 nasceram seres humanos  que me trouxeram (acho agora) as maiores alegrias do ano. Quem não se emociona ao ver uma pessoa de quem gostamos muito, passar, pelo que dizem ser a maior felicidade da vida de um Homem? Orgulho e admiração dos meus amigos que, pela primeira vez mamãs e papás, podem dizer que 2017 foi um ano em grande nas vidas deles. E como ser humano que sou, tenho que admitir que dá muita vontade, de uma forma ou de outra, de tocar essa felicidade.

Em 2017 casei dois grandes amigos. Em 2017 enterramos um dos homens mais interessantes que Portugal já teve (Belmiro). E devíamos ter enterrado uns quantos no Brasil, mas parece que não...

De 2017 levo dois lugares que vão de certeza ficar na memória. Totalmente opostos, por sinal. Aimorés e PaloAlto. A fazenda do interiorzão, que recupera água de nascentes e luta contra desmatamento, e o lugar mais desenvolvido do planeta. Quanta informação para processar! Mais reflexão!

Agora que está a chegar ao fim, vejo 2017 como um ano de reflexão. De alguns episódios mais trágicos, já consigo rir. De outros (que ainda não o entendo muito bem), nem tanto. Mas como diz a minha mãe, o tempo é um grande remédio (notem que a pessoa é médica!). Levo de 2017 a certeza de que, pelo menos, me trouxe (mais) histórias.

Os dedos estão cruzados para 2018!

Desejando a todos os que perderam uns minutos a saber do meu 2017, um 2018 cheio de energias positivas e muitas histórias para colecionar, porque somos todos feitos delas.
#feliz2018 


 Aimorés

 João Pessoa! Praia de nudismo e os dias de praia mais chuvosos de sempre!

 Westfield! Shopping! Observação!


 Stanford Classmates - seres humanos top!

 Sampa Classmates (dias de esforço!) - seres humanos muito top!

"Picturing" Golden Gate - Olhando para o futuro.
Enquadramento é tudo nesta vida!

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